terça-feira, 29 de abril de 2014

O triunfo do ódio...

Eu sou quase como a Copa do Mundo, só me faço acontecer a cada quatro anos. E esta sazonalidade toda cobra um preço. A memória, a confiança, o ânimo e a habilidade, mesmo que suposta, de escrever. Pra ser sincero perdi a mão, mas gostaria de resgatar e aprimorar este pequeno prazer que é escrever. Nada como as observações do cotidiano para me motivar a tecer alguns comentários.

E é justamente a Copa do Mundo que me escancarou algumas possibilidades. 

Não vou falar sobre futebol. O desinteresse por este esporte é cada vez mais latente e isto não merece nota. Mas algumas coisas que foram desencadeadas por este evento me saltaram à vista e são o mote deste título, que, acreditem, se tornará bem ilustrativo. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

'Sâo Paulo está ficando insuportável'...

Ouvi essa frase hoje... e algumas tantas outras vezes no decorrer do ano. Não foi de uma pessoa só. 

Mas alguma coisa me causa algum, ou muito, estranhamento toda vez que eu a ouço. Não é por ela conter algum equívoco gramatical ou algum problema de concordancia. Tão pouco por se tratar de uma 'ofença à cidade que acolhe todo o povo brasileiro'. A questão é a temporalidade da frase. Minha agonia vem da indefinição desse 'insuportável'. O verbo 'ficar' no gerúndio eterno. Na transição constante e longeva. Longeva que vem do latim, longaevo, que entre outros sinônimos e significados quer dizer duradouro, vivedouro. É! Viram como longevidade incomoda?! 

Av. Paulista, 1902.

domingo, 21 de agosto de 2011

Um meme pra relembrar...

Eu sou um grande mentiroso...

Disse que atualizaria, ou melhor, passaria a atualizar com maior frequência este decadente blog... E olha só, eu menti. Pra ser sincero, recentemente - ou não tão recentemente - passei por uma severa crise existencial digital. Resolvi que ia excluir orkut, msn, parar de olhar e-mails, que não acessaria nada que não fosse realmente necessário (páginas com conteúdos para pesquisa,sites de notícias) e que apagaria de vez este blog e um outro que fiz pelo wordpress. Resultado, não apaguei nada, não parei de acessar nada e ainda fiz uma conta no facebook. Haha eu sou sem vergonha, mesmo.




sábado, 16 de abril de 2011

Ôpa!...

Ôpa!... Tô voltando depois de uma enorme pausa.

'Ôpa' é a famosa expressão que demonstra uma surpresa levemente constrangedora, como encontrar alguém no elevador que você não conhece, não sabe o nome, sequer sabe se ela mora/trabalha naquele prédio, mas você solta um 'ôpa-tudo bem' meio tímido, ou então quando você está caminhando e esbarra em alguém sem querer e vira um abafado 'ôpa-desculpa'. Enfim, são muitos os exemplos a ser citados.

Paticularmente uso muito essa expressão, principalmente como cumprimento.

Toda essa enrolação custumeira para dizer que voltarei a escrever com maior frequência. Os motivos deste abandono são os mais utilizados pelos abandonadores: falta de tempo, impaciência, cansaço, desânimo e por aí vai. Se eles são plausíveis já são outros 500. Sempre achei um absurdo pessoas que se justificavam  por essas coisas, mas quando fazemos parte do proletariado vemos que é bem por aí, mesmo. Maquiavel propõe a ruína, de alguma forma, como destino imprescindível do homem, a minha já é o trabalho.

Sendo assim, despeço-me por enquanto e se alguém surpeendentemente ler isto seria como um:

"-Ôpa, até mais..."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ensaio sobre a decepção...

Qual o verdadeiro sentido da decepção? É algo interpessoal ou um momento individual? Me questiono rotineiramente sobre o termo, que em alguns acontecimentos é plausível e em outros inadequado.  

O dicionário sugere desapontamento, desilusão, desengano, surpresa desagradável. Condição que sugere uma atitude alheia, podendo ser de você mesmo. Parece um equívoco de minha parte dizer que é 'uma atitude alheia, podendo ser de você mesmo', no entanto quem nunca fez algo que pudesse ser encarado com arrependimento, insatisfação, surpresa por si próprio? 

Então, se um indivíduo consegue se auto-decepcionar o que dizer sobre terceiros? Estamos sob influência dessa palavra, desse sentimento em nosso cotidiano. Cada ato, atitude, ação, palavra ou gesto pode desencadear essa idiossincrasia: um futebolista que se diz tocedor do time rival, um ator que é surpreendido usando drogas, um político de boa imagem flagrado roubando, um namorado que traí, os pais que se divorciam ou um amigo que se utiliza de artíficios obscuros para sair por cima em uma discussão...

Mas aí que devemos nos questionar: A decepção é intangível ou é resultado da constução de imagem?